Diversão e Arte

Cantor e compositor carioca Arlindo Cruz volta a Brasília para show na Aruc

postado em 16/09/2011 08:49

550 é o número aproximado de composições de Arlindo Cruz
30 anos é o tempo de carreira do cantor

;O sambista perfeito devia nascer com a luz de Candeia (;)/Elegante do jeito Paulinho/Cativante do jeito Martinho/Ser malandro e contagiante do jeito Zeca Pagodinho;, canta Arlindo Cruz, em uma das 550 composições de três décadas de samba.

A humildade com que reverencia os bambas é só uma das facetas do cantor carioca, que tem como marca registrada a simpatia e o bom humor.

;Estou com saudade de Brasília! Faço shows na Aruc desde a época do Fundo de Quintal, é um prazer voltar;, anima-se o artista, em um tom tão familiar que transforma a entrevista em bate-papo informal. De volta à cidade para única apresentação hoje, no Cruzeiro, ele lança o álbum Batuques e romances e é a atração principal da comemoração dos 25 anos do grupo brasiliense Raça Popular.

Há dois anos fazendo shows com o MTV ao vivo, o autor do sucesso Camarão que dorme a onda leva decidiu que estava na hora de escolher o repertório para um novo trabalho, nas prateleiras desde de junho deste ano. ;Eram mais de 35 músicas selecionadas, mas todas tinham algo em comum: ou eram batuques falando de roda de samba, de candomblé, de jongo, ou tinham o lado romântico. Foi aí que me descobri um batuqueiro romântico;, conta sobre as 15 faixas do CD, que contempla várias participações especiais.

Zeca Pagodinho, Marcelinho Moreira, Ed Motta, Teresa Cristina e até o humorista Helio De La Peña marcaram presença no 22; disco do artista. ;O Zeca faz parte da minha história. Eu tenho a moral de tê-lo em todos os meus álbuns e não posso abrir mão disso. Assim, o chamei para cantar em Meu poeta. O Hélio já tinha trabalhado comigo em algumas vinhetas que gravei e convidei o Ed Motta porque tinha uma música com muito balanço, que tinha a cara dele; explica.

Na tevê ou na avenida
Hit do verão com as participações no Esquenta, ao lado de Regina Casé e Leandro Sapucahy (que, por sinal, é o produtor de Batuques e romances), Arlindo Cruz está bombando na tevê. Com Sombrinha e Zeca Pagodinho, compôs O nome dela é Griselda, tema da protagonista da novela Fina estampa e, em Insensato Coração, além de interpretar Não dá (escrita com Wilson das Neves), participou de um capítulo, cantando numa roda de samba.

;Na verdade, as novelas que eu faço são sempre o Arlindo Cruz tocando pagode, que é a coisa mais natural para mim. O mesmo Arlindo que está no Império Serrano e no Cacique de Ramos é o que aparece na tevê;, diz, rindo, com a mesma simpatia vista nos palcos e na telinha.

Bodas de prata
Na estrada desde 1986, a banda Raça Popular, formada por Rinaldo (banjo e voz), George (reco-reco e voz), Chiquinho (cavaco), Daniel Ferrel (tantan), Gustavo Pão (pandeiro e percusão), Max (violão) e Pedro (surdo e bateria), nasceu no Guará, em uma turma de amigos. Os batuques nos ensaios da Aruc viraram assunto sério e o septeto passou a tocar com sambistas importantes, como Fundo de Quintal, Dona Ivone Lara e Jovelina Pérola Negra. No show de hoje, além de músicas de Beth Carvalho, João Nogueira, Cartola e Nelson Cavaquinho, o grupo tocará canções inéditas, que estarão no primeiro CD, com previsão de lançamento para o início de 2012. Carlos Belfort, Dhi Ribeiro, Rogerinho Ratatúia e Renato Milagres completam a programação.

ARLINDO CRUZ
Show com o cantor carioca e os convidados Carlos Belfort, Rogerinho Ratatúia, Renato Milagres, Dhi Ribeiro em comemoração aos 25 anos do grupo Raça Popular. A partir das 21h, na Aruc (Área Especial n; 8, Cruzeiro Novo). Ingressos: R$ 30 (individual); e R$ 250 (mesa VIP para quatro pessoas). Preços únicos. Informações: 3361-1649 e 9159-4843. Não recomendado para menores de 14 anos.

Assista vídeo da música Será que é amor, de Arlindo Cruz:

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