Diversão e Arte

Dupla da viola Aparício Ribeiro e Marcos Mesquita retornam aos palcos

postado em 17/11/2011 08:41

A dupla Marcos Mesquita e Aparício Ribeiro se apresenta no Centro Cultural de Brasília

A apresentação que os violeiros Marcos Mesquita e Aparício Ribeiro fazem hoje, às 21h, no Centro Cultural de Brasília é, antes de tudo, um reencontro de velhos amigos. Mesquita, chegado a um som que une acordes rurais e urbanos, e Ribeiro, lado caipira da dupla, tocam juntos há 20 anos, mas andavam longe um do outro fazia tempo. ;Queremos mostrar um lado amplo da viola, com composições de rock progressivo e faixas instrumentais;, avisa o carioca Mesquita, professor da Escola de Música de Brasília há 25 anos ; há 20 lecionando viola caipira. Integram o show os músicos de apoio Fábio Pessoa (violão, baixo elétrico e voz), Fabrício Ribeiro (baixo elétrico), Michel Venâncio (violão e baixo elétrico) e Vitor Mesquita (viola caipira, violão e gaita).

Ele chegou à capital federal em 1960, com apenas 4 meses de vida, e não pisava num palco há quase seis meses. Ribeiro, mineiro de Patos de Minas, veio em 1974, e já acumulava dois anos de sumiço. No total, na formação de dupla, os músicos estavam há cinco anos sem projetos em colaboração. ;Estávamos meio parados. A gente quer reaquecer a cena e se preparar para o ano que vem. Estamos com vários projetos, incluindo violeiros, instrumentistas e cantores;, conta Mesquita.

O valor da viola
Entre as atividades planejadas para 2012, Mesquita quer reeditar a Viola no Parque, organizada em 2005 e 2006, ao ar livre, no Parque da Cidade e no Parque Olhos D;Água. ;A gente chamou dezenas de profissionais, trabalhamos até com dupla de palhaços. Vinha gente de todo jeito. Pessoas que faziam caminhadas, outras arrumadas, algumas sem camisa. Todo mundo sempre sorrindo;, lembra.

Na música brasiliense, ele destaca a organização dos chorões, que recentemente inauguraram o novo Espaço Cultural do Choro. ;É a concretização de um movimento de artistas, que forma músicos, congrega profissionais e promove o acesso da população à cultura. O que a gente necessita é se organizar melhor. O pessoal que mexe com produção também precisa acordar e notar que aqui temos um grande celeiro de talentos, com potencial comercial. Já tivemos um clube da viola funcionando ativamente, que poderia estar estruturado hoje em dia. Mas cada classe tem o seu poder de união;, compara.

A VIOLA CAIPIRA DE APARÍCIO RIBEIRO E A VIOLA PROGRESSIVA DE MARCOS MESQUITA
Hoje (quinta 17), às 21h, no Centro Cultural de Brasília (L2 Norte, Qd. 601). Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada, com apresentação de carteirinha estudantil ou doação de 1kg de alimento não perecível). Classificação indicativa livre. Informações: 8596-2407 e 3426-0400.

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