Diversão e Arte

Novo Missão: impossível volta à telona com Tom Cruise em boa forma

postado em 15/12/2011 08:45
Rio de Janeiro ; Traições imprevisíveis, conspirações terroristas que colocam em risco o futuro da humanidade e extravagantes tarefas de espionagem. Tom Cruise está de volta como o agente Ethan Hunt, em Missão: impossível ; Protocolo fantasma (21 de dezembro nos cinemas), quarto capítulo da franquia iniciada em 1996 e inspirada em série de tevê criada por Bruce Geller, nos anos 1960. Depois de paradas na Índia e em Dubai (Emirados Árabes Unidos), cujas paisagens serviram de locações para o filme, Cruise divulga a novidade no Brasil com a atriz Paula Patton e o diretor Brad Bird, animador da Disney/Pixar duas vezes premiado com o Oscar e um estreante em títulos com atores de carne e osso.

O chefe da produção, porém, é o entertainer J.J. Abrams, que renovou a saga no terceiro filme e agora ocupa a cadeira de produtor. O diretor de Super 8, uma aventura descaradamente inspirada em filmes dos anos 1980, e do bem-sucedido retorno de Star Trek (2009), foi o cabeça do seriado Lost ; além de Alias e da ficção científica Fringe. E quem se acostumou às tramas movimentadas e aos desvios e desencontros da ilha perdida vai encontrar situações semelhantes em Protocolo fantasma. Várias delas (cerca de 23 minutos), vale destacar, são em Imax ; formato em alta definição para telas gigantes, com as extremidades esticadas ao máximo. Se serve de comparação, Batman ; O Cavaleiro das Trevas ressurge (27 de julho de 2012), de Christopher Nolan, terá cerca de 50 minutos em alta resolução.

Cena de Missão: impossível - Protocolo fantasma: locações em Dubai sob a direção de Brad Bird

A tarefa
Desta vez, Hunt, agente de campo da IMF (Força de Missões Impossíveis, em tradução livre), foi resgatado de uma prisão russa com a ajuda de Jane (Paula) e do hilário Benji (Simon Pegg). Numa missão infiltrada no Kremlin, para investigar o sumiço de códigos de armas nucleares russas, a comunicação da equipe é interceptada por um certo Kurt Hendricks (Michael Nyqvist), popularmente conhecido como Cobalto.

Uma bomba explode, o Kremlin vai pelos ares. Uma guerra entre Rússia e Estados Unidos é tão possível quanto foi em 1962, durante a crise dos mísseis de Cuba. Hunt e companhia são os principais suspeitos do atentado. E o presidente dos Estados Unidos aciona o ;protocolo fantasma;. O que significa dizer: agora, a IMF está oficialmente desativada. O governo não tem qualquer responsabilidade sobre as operações da agência. Mas Hunt, Jane, Benji e o analista Brandt (Jeremy Renner), sem o apoio de satélites e de uma central de operações, vão atrás dos verdadeiros terroristas mesmo assim.

Bird, de Os incríveis (2004) e Ratatouille (2007), não tem dificuldades em manter o clima de tensões internacionais e apocalípticas dos títulos anteriores: aqui, aliás, a IMF tem que agir com um pouco de improviso ;quer dizer, com recursos limitados, o ;impossível; ganha contornos quase tragicômicos ;, já que o governo norte-americano, concentrado em delicadas discussões diplomáticas com os russos, trata seus agentes como extremistas.

Mas o principal nome da renovação não é nem Bird, nem J.J. Abrams. É o coadjuvante Benji, o nerd de computadores e brinquedinhos tecnológicos interpretado pelo comediante e roteirista inglês Simon Pegg e apresentado na terceira aventura. Protagonista de Todo mundo quase morto (2004), um terrir com hordas de zumbis, e Chumbo grosso (2007), uma sátira dos clichês de filmes policiais ; ambos de Edgar Wright ;, Pegg injeta um pouco de ironia num filme do qual se espera o de sempre ; os acordes familiares da trilha sonora, a mensagem que se autodestrói em cinco segundos. Hunt, antes sempre de cara fechada, se dá o direito de até rir um pouco de tanto absurdo. E o público, talvez, siga o espião.

Nos capítulos anteriores...

Missão: impossível (1996). De Brian de Palma
Na primeira aventura, em Praga (República Tcheca), Hunt é acusado de assassinar seus colegas da IMF e de colaborar com um terrorista internacional. Com direção de De Palma, mestre de thrillers urbanos (Scarface, Os intocáveis) e sensuais suspenses (Dublê de corpo, Femme fatale), ainda é o melhor da franquia.

Missão: impossível 2 (2000). De John Woo
O chinês Woo, consagrado autor de títulos de ação (O matador, A outra face), leva o herói para Sydney (Austrália), para frustrar uma ameaça biológica. No jogo de gato e rato, o mistério fica por conta de um troca-troca frenético de disfarces, máscaras e encriptadores de voz.

Missão: impossível 3 (2006). De J.J. Abrams
Hunt deixa a liderança das atividades de campo para dar atenção à futura esposa, mas é forçado a voltar quando um contrabandista de armas tenta colocar no mercado um poderoso artefato. O agente também precisa se cuidar para não ter sua identidade revelada ; e, com isso, comprometer a segurança da namorada. Com Abrams, a saga retorna com o dobro de reviravoltas.

O repórter viajou a convite dos estúdios Paramount.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação