Diversão e Arte

Filmes da saga Star wars chegam ao Brasil em 3D a partir de sexta-feira

postado em 08/02/2012 08:00
Cena de Star Wars: Episódio 1: George Lucas aposta na sedução do 3D para conquistar novos públicos
Quando se preparava para lançar Star wars nos cinemas, ainda no início de 1977, George Lucas tinha muitos motivos para acreditar que embarcaria numa viagem acidentada. O amigo Steven Spielberg era um dos poucos defensores de um projeto que parecia entediar até a mulher de Lucas, Marcia, que colaborou na montagem de longas como Tubarão e Taxi driver. Enquanto o cineasta editava o filme, no porão de casa, vez ou outra ouvia as broncas que vinham do andar de cima: ;Pare de brincar e faça algo sério;, ela reclamava.

A invenção do californiano, à época com 32 anos de idade, parecia muito infantil. A temporada, no mais, era de realismo e crueza no cinema americano. Mas, na contramão de uma época, acabou por inaugurar uma outra sensação hollywoodiana: a era dos ;blockbusters;. Produzido a ;módicos; US$ 11 milhões, e inspirado em Flash Gordon e Akira Kurosawa, o primeiro longa da série rendeu US$ 775 milhões no mundo todo ; e abriu a poderosa empresa de efeitos especiais Industrial Light and Magic. Já o filme ;sério; que Marcia editava enquanto o marido ;se divertia;, New York, New York, de Scorsese, naufragou. Os tempos estavam mudando.

Apesar do tino tecnológico, Lucas não conseguiu antever a invasão do 3D nas salas de cinema. Nos anos 1980 e 1990, chegou a se opor à traquitana: a considerava um truque, uma distração. Coube a Robert Zemeckis (diretor de De volta para o futuro) e a James Cameron convencê-lo a apostar no negócio, pouco antes do lançamento de Avatar (2009). O formato digital o entusiasmou de tal forma que decidiu relançar os seis episódios da série em três dimensões. ;É como a diferença entre ver um filme em preto e branco e em cores. Funciona em preto e branco, mas fica melhor em cores;, comentou.

As reedições começam a desembarcar nos cinemas brasileiros esta semana. Lucas obedece à ordem cronológica da trama (e não dos filmes): por isso, a estreia se dá com Star wars: episódio 1 ; A ameaça fantasma, de 1999. Não é uma escolha sem riscos: ainda que tenha se transformado num sucesso de bilheteria (com quase US$ 1 bilhão de arrecadação), o filme foi criticado por infantilizar a série e investir (sem tanto sucesso) na criação de seres totalmente digitais ; o infame Jar Jar Binks não passou no teste dos fãs. Houve quem creditasse a decepção à falta de traquejo de Lucas, que estava há 22 anos afastado da direção quando decidiu conduzir as ;prequels; (episódios) da jornada.

A matéria completa você lê na edição impressa desta quarta-feira (8/2) do Correio Braziliense.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação