Agência France-Presse
postado em 08/02/2012 10:56
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O ator de 48 anos foi um dos 150 indicados ao Oscar a comparecer nesta semana ao almoço organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em Beverlly Hills. Depois de ter sido indicado em 1996 como coadjuvante por "Os 12 Macacos" e em 2009 como protagonista por "O Curioso Caso de Benjamin Button, Pitt voltou a ser reconhecido este ano por "O Homem que Mudou o Jogo" (Moneyball), com indicações de melhor ator e filme, já que é um dos produtores do longa-metragem.
A história de um dirigente de beisebol que revoluciona o esporte no início dos anos 2000 nunca teria saído do papel se Brad Pitt não tivesse investido, literalmente, no projeto. "Isto é o que mais gosto no trabalho de produtor. Todos os filmes citados hoje não teriam visto a luz se alguém não tivesse a impressão de que poderiam ser bons filmes, e depois a possibilidade e a coragem para executá-los", declarou à AFP.
Além de "Moneyball", no qual investiu como um projeto pessoal, Pitt também é muito atuante em sua produtora Plan B Entertainment, que contribuiu para o financiamento, por exemplo, do filme de Terrence Malick "A Árvore da Vida", no qual atua e que também foi indicado ao Oscar de melhor filme.
Os olhos do ator brilham ao lembrar da experiência de trabalhar com um dos mestres do cinema americano, que conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes do ano passado. "Terrence levantava de manhã e escrevia um mar de ideias sobre as cenas do dia, depois vinha e nos mostrava as páginas. E nós geralmente não fazíamos mais que duas tomadas de cada cena", recordou.
Incansável e muito solicitado, Brad Pitt optou no entanto por afastar-se um pouco dos sets em 2011, enquanto sua companheira, a atriz Angelina Jolie, trabalhava no lançamento e promoção de seu primeiro filme como cineasta: a história passada na guerra Bálcãs "In the Land of Blood and Honey". "A família vem em primeiro lugar", disse o ator, que tem seis filhos com Jolie, três deles adotados.
Ao ser questionado se gostaria de seguir os passos de Angelina e atuar como diretor, foi sincero. "Não. Isto seria demais, sou muito perfeccionista. Ficaria longe da minha família por muito tempo e não sei se isto beneficiaria alguém". "Prefiro ficar do lado das histórias, trabalhar como produtor criativo e como ator. Há muitas coisas que tenho vontade de fazer e não quero dedicar-me a fazer filmes as 24 horas do dia", concluiu.