Nahima Maciel
postado em 29/02/2012 09:18
A democracia pode ser comparada a uma noz vazia: depois de esmagada no chão, constata-se que não há nada dentro. Tariq Ali não pensou na animação A era do gelo, mas gostou da metáfora ao ponto de repeti-la em diversas entrevistas. Membro do conselho editorial da The new left review, o paquistanês radicado em Londres, e conhecido como um dos intelectuais de esquerda mais críticos da contemporaneidade, acredita que a democracia está doente, que os Estados Unidos precisam rapidamente de um novo partido e que a Europa está se autoimplodindo.Ali desembarca em Brasília em abril para participar da 1; Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Vem lançar A noite da borboleta dourada, o último romance do Quinteto Islã, no qual narra a história da civilização islâmica desde os tempos de Saladino. O autor finaliza a série com uma história contemporânea. No livro, o narrador Dara, residente em Londres, vasculha lembranças da Fatherland (termo usado para se referir ao Paquistão) para escrever a história do artista Plato, emigrante paquistanês cujo amor de juventude foi oferecido a outro na terra natal. Personagens como Naughty Latifa, uma dona de casa devassa que dorme com homens poderosos na Londres contemporânea, e D; Wénxi;, responsável por liderar uma revolução muçulmana na China, perpassam a narrativa de Ali.
A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quarta-feira (29/2).