postado em 13/03/2012 07:51
Na programação do 2; FicBrasília, organizado em abril de 2000 na Academia de Tênis, o nome do dinamarquês Nicolas Winding Refn não merecia o destaque conferido aos longas mais recentes de Carlos Saura (Goya), Mike Leigh (Topsy-Turvy) e Takeshi Kitano (Verão feliz). Não foram poucos, aliás, os espectadores que preferiram dispensar os filmes do cineasta, na época um desconhecido. Mas foi nas sessões de Pusher (1996) e Bleeder (1999) que a cidade descobriu, antes dos circuitos de Rio e São Paulo, um estilo que seria acolhido, mais tarde, como símbolo cult.Onze anos antes de vencer o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes por Drive, thriller em cartaz nos cinemas brasilienses, Refn recebeu o convite para visitar a capital. Antes, conversou com o Correio por telefone, listando os ;padrinhos; de um cinema apaixonado por filmes: Alfred Hitchcock, François Truffaut e; ;Devo tudo a eles e a mais um: Zé do Caixão;, acrescentou. Nos jornais, o cineasta era descrito como representante da ;nova geração do cinema dinamarquês;. Desde então, parece empenhado em mostrar que é mais: um cineasta de alcance mundial.