postado em 15/03/2012 11:39
Durante viagem à estância Cerro Branco, em Lavras do Sul, o dramaturgo Walter Daguerre se viu dividido entre duas perspectivas: a dos que escolhem a estrada como sina e a dos que decidem fincar raízes em algum lugar. A partir desses dois lados da mesma moeda, ele criou a trama da peça A mecânica das borboletas, que estreia hoje no Centro Cultural Banco do Brasil, às 21h, depois de uma temporada carioca. A narrativa em torno de um conflito familiar conta com direção de Paulo de Moraes, da Armazém Companhia de Teatro, e com Suzana Faini, Eriberto Leão, Ana Kutner e Otto Jr. no elenco.;Fiquei impactado com o texto. Li de uma só vez e não conseguia acreditar que estava lendo a obra de um cara de 36 anos, brasileiro. A dramaturgia dele é diferente de tudo que já li;, confessa Eriberto Leão, que não conhecia Daguerre, e vê no estilo dele pitadas de dramaturgos clássicos. como Tenessee Williams, Arthur Miller e Sam Shepard. Para o ator, que acaba de encerrar participação como Gabriel na novela global A vida da gente, o texto já nasce clássico. ;Ele se comunica com pessoas de todos os níveis intelectuais, diverte e emociona. Mas os mais inquietos e que investem em cultura encontrarão referências literárias que considero geniais;, destaca ele, reforçando a ideia de que A mecânica das borboletas não é um espetáculo hermético.