Nahima Maciel
postado em 17/03/2012 09:48
Enquanto procurava estágio, a estudante de história Janaína Pereira Martins, 23 anos, sabia que precisava encontrar uma atividade na qual pudesse associar educação e patrimônio. Quando soube da vaga no Museu Nacional Honestino Guimarães do Complexo da República, há dois anos, empolgou-se e aceitou. A estudante passou a fazer monitorias e a mediar as exposições da instituição. Os encontros com artistas e curadores e o contato com o público entraram para a vida de Janaína como mais uma opção de emprego no futuro. ;No museu, tive uma visão diferente das coisas com as quais posso trabalhar. Vi que posso atuar com museologia e como educadora. Para mim, isso é fundamental;, explica.A atividade de Janaína no Museu é fruto de uma tendência iniciada timidamente nos anos 1980 e plantada definitivamente na rotina dos espaços culturais brasilienses a partir dos anos 1990. Ainda há muito caminho a percorrer para transformar a mediação de exposições em uma profissão regular e firme, com carteira assinada, mas duas mudanças impulsionaram a atividade. No fim dos anos 1990, a inauguração de espaços culturais destinados às artes plásticas alimentou a demanda por mediadores. Ao mesmo tempo, curadores e educadores perceberam o nicho e deram início a programas de formação de jovens para trabalhar na área. Na época, a maioria dos candidatos estudava artes plásticas em faculdades do Distrito Federal. Hoje, eles se distribuem pelas mais variadas disciplinas.