Diversão e Arte

Velório de Chico Anysio é aberto ao público

José Carlos Vieira
postado em 24/03/2012 08:34

Por volta das 13h25, o velório do comediante Chico Anysio foi aberto às aproximadamente 400 pessoas que se aglomeravam na porta do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Desde as 8h, amigos, parentes e autoridades velavam o corpo e prestavam as últimas homenagens. No fim da manhã, foi celebrada uma missa, fechada para o público.

O Rio de Janeiro amanheceu triste, com nuvens escondendo o Cristo Redentor. Apenas por volta das 9h45, o sol resolveu aparecer e já era possível ver o monumento. Pelo Twitter, a companheira do artista, Malga di Paula, desabafou: "É uma dor dilacerante". Ela chegou ao Theatro às 8h, uma hora e meia depois do corpo do marido.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lamentou a morte. "Nós não perdemos apenas um grande artista brasileiro, mas um grande brasileiro. É um artista que foi buscar em todos os sotaques a diversidade do país", disse.
O humorista morreu no início da tarde desta sexta após uma parada cardiorrespiratória

A atriz Marília Pêra falou sobre a perda para a arte do país. "É um amigo de todas as horas. Era um Chaplin brasileiro. Sempre ajudou os amigos que precisavam de socorro", declarou. "É uma saudade imensa", resumiu o ator Marcius Helen, entrando rapidamente no Theatro.

Bastante abatida, Nathália Timberg evitou falar com os jornalistas. Glória Pires também estava consternada. "O trabalho de Chico fala por si só. Vamos usar o youtube para vê-lo e matar a saudade", declarou rapidamente. Glória é filha do ator Antônjio Carlos Pires, que interpretou o mineirinho Joselino Barbacena no consagrado programa Escolinha do Professor Raimundo.

Irmão mais velho do humorista, Elano di Paula declarou que uma estrela se apagou no palco. "Mas vai brilhar outra estrela no céu. Para onde você olhar vai encontrar Chico Anysio", afirmou, emocionado. Ex-mulher do artista cearense, a ex-ministra Zélia Cardoso também prestou homenagens, acompanhada dos filhos.

Falência de órgãos
O humorista morreu no início da tarde desta sexta após uma parada cardiorrespiratória. Ele estava internado há três meses no Hospital Samaritano, em Botafogo, no Rio. De acordo com boletim médico, a parada foi causada por falência múltipla dos órgãos.

Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a perda do comediante. "Foi um dos artistas mais brilhantes que o nosso país já produziu", afirmou. "Com o seu talento e sensibilidade, criou e interpretou caricaturas inesquecíveis de tipos humanos. Trabalhou incansavelmente durante toda a vida para levar alegria e diversão aos brasileiros. Nessa hora de tristeza, quero me solidarizar com os seus parentes, amigos e com toda a legião de admiradores que conquistou com sua criatividade;, diz o comunicado, divulgado na noite de ontem.

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