Ricardo Daehn
postado em 26/03/2012 09:13
Antes mesmo de chegar a Fortaleza, berço da criação do Festival de Cinema Transcendental (numa ideia que brotou do sucesso da Mostra Brasileira de Teatro Transcendental), o evento será sediado, a partir de hoje, pela segunda vez em Brasília. Quatro longas e uma competição entre seis curtas (três dos quais feitos na capital) formam a programação disposta em quatro dias na Sala Martins Pena (Teatro Nacional). ;Brasília é uma região muito mística que, em termos de Brasil, expressa universalidade. O conceito de transcendental encerra aquilo que está além da matéria. É algo que extrapola a nossa vida mundana. Não interessa a profissão de fé nem a religião do espectador. O festival não quer catequizar. Ele toca de céticos a agnósticos;, enfatiza o produtor Fernando Lôbo. Iniciativa da ONG Estação da Luz, o evento concederá o Troféu Luz ao melhor curta, à melhor direção e à fita escolhida pelo público.Se lotou a Sala Martins Pena em quatro dias do ano passado, com mais de 1.700 interessados, o Festival de Cinema Transcendental traz atrações de peso, especialmente para público atento a tramas espirituais. Hoje, depois de show do compositor e instrumentista Flávio Fonseca (às 19h), haverá sessão do internacional Área Q (de Gerson Sanginitto), que estreará nos cinemas em 13 de abril. Na trama, um jornalista (Isaiah Washington, ex-integrante de Grey;s Anatomy), atordoado com o sumiço do filho, vai parar em Quixeramobim e em Quixadá, cidades cearenses onde ocorrem fenômenos inexplicáveis, dignos de ficção científica. Na pele de um sábio fazendeiro, o brasiliense Murilo Rosa se junta aos conterrâneos Adriana Borba e Eduardo Cintra, em elenco completado por Tania Khalill.