postado em 29/03/2012 09:04
Marcelo Benini sabe, por experiência de ofício, que a publicidade não pode se valer do benefício da dúvida: deve ser clara e contundente, sem margem para interpretações confusas. Ao falar do novo livro, pelo menos, ele pode divagar sem medo de ser mal entendido. O homem interdito (Intermeios) é uma coleção de crônicas que mais parecem contos, estruturados numa espécie de romance fragmentado. Ele teoriza: ;Brinco um pouco com os limites da crônica. Quis chegar ao limite da intersecção entre crônica e conto. E o livro tem um personagem que não é físico, não é um ser humano, e sim uma visão, um olhar para as coisas, que é esse homem interdito. As histórias são independentes, mas têm essa sutileza em comum;. O autor lança a novidade hoje, às 18h30, no Sebinho (406 Norte).Também criador de versos ; a estreia foi com O capim sobre o coleiro (2010), de poesia ;, ele ainda não sabe dizer se é poeta, contista ou, como planeja, romancista. Prefere a liberdade de circular pelos três terrenos sem limitar sua imaginação a nenhum deles. Se a escrita, para ele, é espaço de paragens ; e não de territórios demarcados ;, o novo trabalho confirma a vocação para estadas curtas, episódicas. ;Tenho vontade de fazer romance. Seria um desafio exatamente por isso, pela característica do texto. Este livro já foi um desafio: estender um pouco a minha prosa;, completa.
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