Um filme com apenas 60 segundos, mas que se dispõe a contar 87 anos da vida de um senhor nada familiarizado com a linguagem audiovisual. O feito da produção cearense Eu quero fazer um filme ; integrada ao programa Pílulas, hoje, na 11; Mostra do Filme Livre ; dá a medida do cinema de pessoas como o realizador André Araújo Rodrigues. ;Há uma nova geração, com tendências diferenciadas. A renovação dos modos de fazer cinema ficou marcada pela popularização das câmeras digitais;, explica Marcelo Ikeda, pesquisador, professor da Universidade Federal do Ceará, e um dos curadores da mostra do Centro Cultural Banco do Brasil.
Saindo do ;circuitinho; cristalizado, Brasília se tornou foco de ação do grupo que agrega o dito cinema livre. ;A capital, como percebemos, ainda está muito ligada ao modelo de narrativa e de produção tradicional. O cenário não é tão efervescente, em termos de produções que independam de editais. Mas a gente não pode se esquecer de recentes longas vistos no festival de Tiradentes, como os do Adirley Queiroz e da Dácia Ibiapina;, enfatiza.
