postado em 10/04/2012 08:55
A Praça Tahrir, no Cairo, ardia em chamas enquanto informações trocadas entre combatentes contabilizavam mortos e feridos. O ano é 2011 e um grupo de amigos, do qual fazia parte o cineasta egípcio Karim El Hakim e o dinamarquês de origem palestina, Omar Shargawi, não se interessou em participar, na condição de voluntário, de qualquer guerra. Mesmo assim, foram envolvidos nos protestos pela deposição do ditador Hosni Mubarak, há 30 anos no poder do Egito. A Primavera Árabe, exposta sem a mediação das grandes agências de notícias, é mais violenta do que as grandes corporações midiáticas nos fizeram acreditar. 1/2 revolução é dos poucos filmes não cinebiográficos selecionados para exibição na versão reduzida do É Tudo Verdade ; Festival Internacional de Documentários, de hoje a domingo, exibido gratuitamente, no Centro Cultural Banco do Brasil. ;É um feito inédito entre os grandes festivais, de documentário ou generalistas, aqui ou no exterior, realizá-lo simultaneamente em duas cidades, São Paulo e Rio de Janeiro. O ideal raramente é factível;, explica o fundador e diretor do festival, Amir Labaki, comentando a quantidade menor de filmes em Brasília e a logística do evento, o maior do gênero na América Latina, encerrado em 1; de abril nas duas praças.
É TUDO VERDADE ; FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS
De hoje a domingo, exibição de documentários participantes do festival internacional É tudo verdade, no Centro Cultural Banco do Brasil (SCES, Tr. 2, Lt. 22; 3108- 7630). Hoje, às 15h, Com amor, Carolyn, de Maria Ramstrom e Malin Korkeasalo; às 17h, Montoneros, uma história, de Andrés Di Tella e às 19h, Dino Cazzola ; Uma filmografia de Brasília, de Andréa Prates e Cleisson Vidal. Sessão seguida de debate. Não recomendado para menores de 16 anos. Entrada franca.