postado em 18/04/2012 22:33
Nicolas Behr (DF) e Fabrício Carpinejar (RS) fecharam a noite de quarta-feira na Bienal com um papo bem-humorado e movimentado sobre fazer poesia e ser poeta. A relação dos versos com as mídias -- convencionais e alternativas, como as redes sociais -- também deu relevo à conversa, mediada pelo jornalista José Carlos Vieira, editor de Cultura do Correio. "Estamos vivendo uma coisa interessante. A era da tela. Estamos saindo do papel. Isso vai criar uma imagem nova? Acho que ainda vale o que está escrito. Não sou muito tecnológico", observou Behr.Carpinejar, febre no Twitter (@CARPINEJAR), com mais de 140 mil seguidores, vê na internet um espaço de liberdade irrefreável, de troca, franqueza e também fingimento. "A internet é uma ópera de assobios. Acho que a gente está aprendendo a lidar com a instabilidade. A internet é vacina contra essa normalidade acachapante que todo mundo deve ter. Hoje, as pessoas não se permitem ser ansiosas, instáveis, agressivas. É Rivotril pra tudo. Acho que as pessoas estão perdendo a naturalidade do ódio, de suportar uma desavença. E isso tem no Twitter", contou.