Nos anos 1980, quem se arriscava a fazer arte em uma Brasília recém-saída da adolescência já era considerado um pioneiro. Desafiando a aridez e as dificuldades que se impunham, três amigos decidiram semear cultura na terra vermelha da capital e acabaram escrevendo capítulos importantes da história da cidade. Em 1982, Cláudia Pereira, Romário Schettino e Cleber Almeida montaram a Candango produções, e, ao longo de quatro anos, revelaram obras e artistas que fazem parte da antologia local. Esse capítulo da história ganhou a forma de um livro O sonho candango, que será lançado, nesta quarta-feira (2/5), a partir das 19h, no foyeur da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional.
Cleber não participou da feitura do livro, missão na qual foi substituído pelo ator, dramaturgo e jornalista Alexandre Ribondi. ;Não era da Candango, mas sempre fui muito amigo, estávamos juntos o tempo todo;, conta ele, que passou cinco anos registrando entrevistas nas quais relembrava os tempos áureos da produtora. O material, que não é só textual e reúne ainda fotos do período, foi dividido em três eixos temáticos: teatro, música e cinema. A pesquisa de imagens ficou por conta do ator Chico Sant;Anna.