Amneres Santiago nunca tinha saído da poesia até começar o último livro, 50 crônicas de Brasília (Verbis), que lança nesta terça-feira (8/5), às 19h, no Beirute (109 Sul). A experiência inédita nasceu da necessidade de registrar no papel memórias que ela guarda da cidade. A paraibana chegou aqui em 1979, com 18 anos. Estudou letras e depois comunicação social ; com algumas escapadas em matérias de outros departamentos, como antropologia, ela admite. Somando tudo, ficou sete anos na Universidade de Brasília (UnB), que, em 2012, completa meio século de existência. Em suas décadas como brasiliense, gravou recordações pessoais e geracionais, especialmente dos anos 1980 e 1990. ;São histórias que eu vivenciei. Ou que, às vezes, ouvi de um amigo que vivenciou;, conta.
Se a UnB é ;o principal personagem as crônicas;, fatos e pessoas são como coadjuvantes de peso. ;Acontecimentos políticos, as Diretas Já, o cortejo de Tancredo Neves; e tudo isso aparece pincelado com personagens da cidade. Vi Nicolas Behr lançando Iogurte com farinha na UnB, o concerto Cabeças, o Liga Tripa. Tem até a primeira vez em que o Renato Russo cantou Faroeste caboclo. Foi a Noélia (Ribeiro, poeta) quem me contou essa;, adianta.