Foi na base da amizade que o colecionador francês Romaric Büel conseguiu reunir as 70 obras de Paixões privadas, exposição em cartaz no Museu Nacional dos Correios. Distribuídas por cinco coleções particulares brasileiras, as obras foram selecionadas de maneira a contar uma história muito especial. Büel queria mostrar a importância da arte europeia dos séculos 17, 18, 19 e 20 nesse âmbito privado e foi atrás de obras nunca vistas pelo público.
O recorte do curador foi bem específico. Ficaram de fora os artistas conhecidos pela ligação com o Brasil, caso dos representantes da Missão Francesa e de nomes como Nicolas-Antoine Taunay e Jean-Baptiste Debret, hoje mais associados à cena brasileira do que europeia. Entraram Pierre-Auguste Renoir, Jean Dubuffet, Amadeo Modigliani, Fernand Léger, Auguste Rodin, Jean Cocteau, Paul Signac, Marc Chagall, Sonia Delaunay, Pierre Soulages, Lucio Fontana, Wassily Kandinsky e outros. Além do que há de melhor na pintura europeia, a exposição apresenta peças de arte greco-romana obtidas das escavações de Pompeia.