É o Leste da Europa e uma certa tradição nacionalista e, eventualmente folclórica, que unem as peças do repertório da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), no concerto desta noite. Sob regência do maestro búlgaro Nikolay Lalov, atualmente regente da portuguesa Cascais e Oeiras Orquestra de Câmara, a sinfônica brasiliense fará um passeio pela Rússia, Armênia e Bulgária num trajeto temporal compreendido entre o fim do século 19 e início do 20.
Cronologicamente e intelectualmente, é Piotr Illich Tchaikovsky o pai dos compositores Lubomir Pipkov (Bulgária) e Alexander Arutunian (Armênia). Não que o romantismo do russo esteja presente nas obras de seus colegas, mas, em Tchaikovsky, estão resumidas algumas das premissas que pautaram a música do Leste europeu. Lalov rege a Sinfonia n; 6, conhecida como Pathétique, última obra escrita e regida pelo compositor antes de sua morte, em 1893. Sombria e cheia de lirismo, a peça em quatro movimentos foi dedicada ao sobrinho do compositor e, segundo críticos e historiadores, conteria características extremamente autobiográficas.