postado em 18/05/2012 08:00
Não há como ver Plano de fuga sem levar em conta o que tem acontecido a Mel Gibson nos últimos anos. Como ator, não emplaca sucesso desde Sinais (2002). Na cadeira de diretor, ainda é lembrado por A paixão de Cristo, que polemizou, mas conquistou público - a terceira maior bilheteria de 2004. Longe dos sets, foi destaque nas manchetes (de polícia e fofoca) com casos de violência doméstica e um divórcio atribulado da mãe de seus sete filhos, em dezembro passado (ela levou metade da fortuna do astro). Neste novo projeto, quase todo de Gibson - ele atua e colabora em produção e roteiro -, as expectativas de bilheteria ou atenção da crítica dão lugar a um total descompromisso: de volta ao cinema de ação, agora como anti-herói, ele não quer ser levado a sério de jeito nenhum.O lançamento de Plano de fuga nos Estados Unidos - no formato video on demand, em que as pessoas compram e assistem pela tevê ou pelo computador - parece refletido no comportamento curioso que o filme exibe. Falada em espanhol e inglês, a trama acompanha as picaretagens de um bandido sem nome que, por sorte ou azar, capotou seu carro de fuga após roubar US$ 2 milhões de um criminoso influente e caiu do outro lado da fronteira entre EUA e México.
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