O retumbante sucesso de bilheteria do filme Os Vingadores é apenas um indicativo da assimilação pela cultura pop das histórias em quadrinhos. Não é de hoje que super-heróis e outros personagens surgidos nas páginas das HQs são levados de forma bem-sucedida para outras mídias. Também não é novidade que os gibis, além de entretenimento, podem ser usados como material de alfabetização. Os quadrinhos se tornaram também, cada vez mais, objeto de estudo acadêmico, tal qual o cinema, a literatura, as artes plásticas ou qualquer forma de expressão.
Mas nem sempre foi assim, como relembra Álvaro de Moya no livro A reinvenção dos quadrinhos. Com o subtítulo Quando o gibi passou de réu a herói, a publicação tem como ponto de partida a 1; Exposição Mundial de Quadrinhos, realizada em São Paulo em junho de 1951. Evento inédito e pioneiro, a exposição apresentou ao público as histórias em quadrinhos como arte. Naquela época, muitos pais e educadores viam na leitura de gibis uma ameaça à juventude ; reflexo da ;caça às bruxas; que os quadrinhos sofriam também em outros países, em especial nos Estados Unidos.