Diversão e Arte

Separação de categorias acende debate no Festival de Brasília do Cinema

postado em 14/06/2012 08:40

Existe uma interessante relação legada historicamente pelos filmes clássicos dos irmãos franceses Auguste e Louis Lumi;re ; inventores do aparelho cinematógrafo e pioneiros do cinema. Em A saída da fábrica, por exemplo, reside uma considerável encenação no registro dos funcionários da Usine Lumi;re, deixando as dependências da fábrica como se fosse um documento de ato cotidiano. É possível dizer, portanto, que o cinema nasceu como uma mistura de documentário e de ficção. Um híbrido, livre de separações de gênero.



Avançando no tempo, a separação entre documentário e ficção, intensificada ao longo das últimas décadas, serviu como estratégia política de mercado. A opinião é do documentarista Joel Pizzini, diretor de longas-metragens experimentais como 500 almas (2005): ;O documentário não é um gênero. É uma palavra que o John Grierson criou nos anos 1930 para ganhar apoio político. Esse termo é uma camisa de força porque coloca o realizador refém de série de procedimentos de como o imaginário das pessoas acredita que deva ser essa forma de expressão;, analisa o diretor do filme colagem Mr. Sganzerla ; Os signos da luz (2011), atualmente em cartaz.

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