Alcide Nikopol passou 20 anos longe das livrarias brasileiras. O final de sua saga permanecia, até a recente publicação de A trilogia Nikopol, inconclusa no Brasil. Não deixa de ser estranho que nenhuma editora tenha se antecipado quanto a isso, já que o criador do personagem, o desenhista e roteirista francês (de origem sérvia) Enki Bilal, se tornou bastante popular e admirado por aqui quando seus primeiros trabalhos começaram a ganhar edição nacional.
O leitor brasileiro pôde ter mais contato com autores europeus como Moebius, Bilal, Crepax, Pratt, Varenne e Gillon na virada dos anos 1980 para os 1990, graças a editoras como a Martins Fontes e a L, por exemplo. A primeira delas lançou no país os álbuns Os imortais e A mulher enigma. Os dois, agora com intitulados A feira dos imortais e A mulher armadilha (as traduções exatas do original francês), mais o terceiro capítulo, Frio equador, compõem A trilogia Nikopol, lançamento da Nemo ; editora que tem feito o bom trabalho de lançar material inédito ou colocar mais uma vez no mercado autores e obras que estavam há muito fora de catálogo por aqui.
