Paraty (RJ) ; Paraty ficou ainda mais cheia a partir de sexta-feira, não apenas pela chegada de leitores atraídos pelas atrações principais da 10; Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), mas também pelos visitantes em época de férias ou na breve parada do fim de semana. Na Tenda dos Autores, aliás, uma espécie de turismo de ideias se deu dos microfones em direção à plateia. E muitos dos escritores, guias de viagem nesse percurso, trouxeram na bagagem atrevimentos, medos e, pelo menos num caso único e marcante, um rosário de chateações.
O norte-americano Jonathan Franzen, autor do best-seller Liberdade (Companhia das Letras), publicado nos EUA em 2010 e aqui no ano passado, ganhou a noite de sexta para si. Sozinho, ainda que com mediação presente, o romancista, de sorrisos agridoces, gestos hesitantes e respostas que demorou a formular, basicamente repisou as digressões de sempre. Sobre sua desconfiança em relação ao Twitter, a mídia como meio desumano na vida cotidiana, a raiva de ter aguentado George W. Bush oito anos no poder e, claro, os pássaros que tanto gosta de observar ; ele garantiu que viu muitos em Paraty.
O repórter viajou a convite do Itaú Cultural