Liliane de Carvalho, ou apenas Negra Li, saltou aos olhos do grande público quando cantar rap ainda parecia ser coisa só de menino. Mas o hip-hop era pouco para ela. Nascida e criada na Vila Brasilândia, na periferia de São Paulo, ela abriu os caminhos para outras garotas, assinou com uma grande gravadora, sampleou Marisa Monte, ficou amiga de Caetano e Nando Reis, atuou no cinema e em série da TV Globo e gravou com o cantor Akon. Volta, agora, aos 32 anos, totalmente repaginada no disco Tudo de novo, desde o mês passado nas lojas, que pode ser visto como uma continuação de Negra livre (2006). Só que o primeiro, apesar de já flertar com a música pop, trazia ainda vestígios do universo primitivo de Negra. A guinada agora é mais radical.
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Casada desde 2008 com o regueiro Junior Dread e mãe de família (Sofia tem dois anos), a cantora resolveu assumir influências diversas nesse álbum e diz ter se inspirado em algumas cantoras para interpretar as faixas ; de Adele a Elis Regina, passando por Joss Stone e Lauryn Hill. ;O Brasil tem MPB, forró, sertanejo; não tem soul, r. Então, a gente tem que dar um jeitinho para mudar um pouco o título;, explicou a cantora ao Correio. ;A música brasileira está presente ali o tempo todo, mas com uma característica que eu trouxe da música negra americana.;