Diversão e Arte

Homenageada pela mostra a atriz Anna Karina faz o show de abertura

Nahima Maciel
postado em 12/07/2012 08:55

Anna Karina, 71 anos, adora encontrar o público, estar cara a cara com a plateia, ouvir os risos ou silêncios espontâneos. E como tudo isso é impossível para um ator de cinema, ela resolveu subir ao palco de teatros. Primeiro com peças ; surpreendeu Paris, em 1972, ao encenar A religiosa, o clássico de Diderot ;, e depois com músicas. Anna cantou nos filmes de Jean-Luc Godard e inseriu a voz de menina nas peraltices da Nouvelle Vague. Serge Gainsbourg gostou. Safadezas era com ele mesmo e assim convidou Anna para fazer um filme. Na verdade, uma comédia musical bastante bizarra, dirigida por Pierre Koralnik com participação do próprio Gainsbourg e de Marianne Faithfull. ;Eu não conhecia Serge antes desse filme. Ele tinha 12 anos a mais que eu. Claro, eu conhecia as obras, mas vagamente. Fiquei muito surpresa que ele se interessasse por mim. E fiquei encantada, louca de felcidade! Pena que ele morreu, não dá mais para perguntar por que ele se interessou por mim;, contou a atriz, em entrevista ao Diversão.


Nascida na Dinamarca e radicada na França há mais de cinco décadas, ela ainda se pergunta por que Gainsbourg quis fazer o filme. Talvez, ela especula, por tê-la visto cantar em O demônio das onze horas. Gainsbourg se foi, mas suas canções ficaram para sempre no repertório de Anna e com ela sobem ao palco do Sala Villa-Lobos hoje para o show de abertura, só para convidados, do Brazilian International Film Festival(Biff).Em vez da banda que a acompanha tradicionalmente, Anna terá apenas a companhia do pianista Philippe Eveno, autor também de algumas músicas do repertório do show. ;No cinema não há muito ensaio. Você tem o roteiro, chega com os diálogos e faz, vai mais rápido. No teatro, a gente trabalha mais, é outra coisa, não dá para cortar quando não funciona. Por isso eu adoro os concertos: dá para fazer tudo e ainda tem o contato com o público.;

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