Diversão e Arte

Peças do Chile e da África do Sul abordam temas como ditadura e guerra

Nahima Maciel
postado em 20/07/2012 09:25
Every year, every day, I'm walking toca no delicado relato de crianças refugiadas
Identidades, deslocamentos, perda de referências e acerto de contas marcam o quarto dia do Cena Contemporânea com espetáculos vindos da África do Sul e do Chile. O teatro do chileno Guillermo Calderón mergulha nas feridas da ditadura e emerge com três personagens vítimas dos anos de chumbo. Elas precisam decidir o destino de um antigo centro de tortura e encarnam um discurso fictício da ex-presidente Michelle Bachelet em Villa y discurso (hoje e amanhã, às 20h, no Teatro Eva Herz Livraria Cultura ; Iguatemi), encenação que combina dois textos do diretor. As lembranças ainda estão em Every year, every day, I;m walking (hoje e amanhã, às 20h, no CCBB), uma compilação de relatos de crianças refugiadas da África do Sul reunidas no palco pelo Magnet Theatre.

Villa y discurso traz dois espetáculos em um só programa. Na primeira cena, as atrizes Francisca Lewin, Macarena Zamudio e Carla Romero dão corpo às personagens que discutem alternativas para Villa Grimaldi, o principal centro de tortura e extermínio da ditadura chilena de Pinochet. Dirigido por Guillermo Calderón, o grupo tenta construir um museu moderno em cima da casa demolida pelos militares, tarefa complicada que passa por discussões de direitos humanos em defesa da memória das vítimas.

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