postado em 20/07/2012 09:40
Com a aproximação do fim do Brasília International Film Festival (Biff), os longas-metragens em competição estão na boca dos cinéfilos e espectadores. Mas, das mostras paralelas, surgem opções interessantes. O surreal Biblioteca do Pascal, incluído em Novo Cinema Europeu, por exemplo, é uma das surpresas desse primeiro Biff, lotando algumas sessões durante a mostra. Dos segmentos alternativos, títulos obscuros revelam promessas da África do Sul, com o elogiado Otelo em chamas; dos Estados Unidos, na novidade Coisa de criança; e da Polônia, que apresenta o violento O batismo.
O sangue de documentarista corre pelas veias da diretora Sara Blecher de Otelo em chamas, título sul-africano integrante da mostra Panorama África, com exibição feita na Sala Alberto Nepomuceno do Teatro Nacional. A experiência como realizadora de documentários para a tevê e o cinema foi levada a ferro e fogo na estética crua do primeiro longa-metragem de ficção assinado por Sara. O método de preparação do elenco, comparado ao do brasileiro Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, compreendeu oficinas com moradores das favelas de Durban.