postado em 22/07/2012 11:44
O jornalista Rodrigo Faour é grande admirador de artistas de uma época em que, ;para ser cantor, tinha que ser cantor mesmo;; de um tempo no qual, até chegar ao disco, o aspirante a estrela enfrentava programas de calouros, testes de rádio e de gravadora, e ;quando gravava, era porque tinha realmente talento;. A admiração virou profissão e fez dele nome de referência quando se fala em resgate da memória da música brasileira.O interesse musical o levou a criar amizade com artistas como Ademilde Fonseca, morta aos 91 anos, há quatro meses. A cantora foi a primeira motivação para a realização do mais novo projeto de Faour, a série Superdivas. Ele não se conformava que a criadora do chorinho cantado não tivesse nenhum disco reeditado em CD. ;Era uma grande amiga e um caso urgente, pois estava com 90 anos e não tinha nada no mercado. Eu queria dar um presente para ela.;
No entanto, a burocracia tornou o desenvolvimento do projeto mais lento do que previsto. ;Fiquei frustrado porque ela acabou morrendo antes;, lamenta. Após um ano e oito meses de trabalho, chegam às lojas 13 discos dedicados a 13 cantoras de diferentes gerações. Além de Ademilde, há homenagens a Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Maysa, Carmélia Alves, Leny Eversong, Aracy de Almeida, Cláudia, Maria Alcina, Waleska e Rosana Toledo.