A quantidade de histórias em quadrinhos autobiográficas publicadas nos últimos 10 anos é tanta que não seria estranho se elas ganhassem uma estante própria na sessão de HQs das livrarias. Lá, estariam obras como Persépolis, de Marjane Satrapi; Fun home, de Alison Bechdel; Epilético, de David B.; e o recém lançado Adeus tristeza.
O romance gráfico escrito pela sino-americana Belle Yang, mais do que falar de uma parte da vida da autora, apresenta 100 anos da história chinesa numa busca pelas raízes da personagem-protagonsita ; não à toa, o subtítulo da HQ é A história dos meus ancestrais.
Yang nasceu em Taiwan, em 1960, e viveu alguns anos da infância no Japão até se radicar nos Estados Unidos com a família. Seu nome de batismo, Xuan, significa ;adeus tristeza;. Durante a faculdade, ela teve um namorado violento (o ;ovo podre;, como é chamado na obra), que passou a persegui-la depois do término da relação.