Músico e produtor cultural mineiro, Marcelo Costa, 39 anos, é o organizador do festival I Love Jazz, evento que este ano chega à quarta edição. Realizado paralelamente em Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, o festival é dedicado ao jazz tradicional, cujas principais vertentes surgiram e se consolidaram nas primeiras décadas do século 20. Depois de integrar a Autêntica Jazz Band, a BH Jazz Dandies e a All Star Jazz, Marcelo fundou, em 2008, a Happy Feet Jazz Band, na qual é trompetista. Em entrevista ao Correio, ele comenta a relação com o jazz, os planos para o I Love Jazz e a edição de 2012 do festival que, em Brasília, ocorrerá nos próximos sábado e domingo.
Quais as novidades do festival em 2012?
As atrações deste ano são todas inéditas. Isso, para mim, é a grande novidade do evento em 2012. A nossa ideia é fazer com que o público tenho contato com vários artistas. O formato é mais ou menos o mesmo do ano passado, com shows gratuitos no Parque da Cidade. O festival está um pouco mais enxuto, menor em tamanho, mas com algumas atrações de maior peso. O Terence Blanchard, por exemplo, já ganhou o Globo de Ouro. O Scott Hamilton é considerado o maior saxofonista vivo do gênero que ele toca, o jazz mais tradicional. A banda do George Gee é enorme, uma big band.
O festival é dedicado ao jazz tradicional. Existe a possibilidade de o evento começar a trazer também artistas de vertentes mais contemporâneas do jazz?
A ideia é permanecer com o mesmo estilo. Existem no país outros eventos com propostas mais abrangentes. E festivais como o nosso são mais raros ; não só no Brasil, mas no mundo. A gente tende a permanecer com esse nicho. Tem de ter de tudo, tanto festivais mais contemporâneos, quanto outros mais tradicionais. E a gente está cumprindo esse papel.
Qual o maior desafio de fazer o I Love Jazz?
A captação de recursos é sempre um desafio. Do ponto de vista artístico, é diferente. A gente tenta inovar, diferenciar a cada ano, ver qual é a demanda do público. Em 2012, o desafio foi renovar a programação. Existem atrações que o público pede que voltem ao festival, mas, se a gente fizer isso sempre, não renova.