Em dias de Jogos Olímpicos, nosso instinto competitivo é reativado. Se estamos aqui para pensar em competição, é justo jogar luz na disputa que acontece agora no circuito comercial de cinema. De um lado, O espetacular Homem-Aranha, e de outro, Batman: O cavaleiro ressurge. Por trás dos trajes de super-heróis estão franquias de cinema inspiradas em personagens saídos das páginas dos quadrinhos. O Homem-Aranha é da editora Marvel; o homem-morcego, da DC Comics. A disputa entre as duas grandes editoras resume um período interessante da indústria cinematográfica.
;O cinema sempre bebeu da fonte dos quadrinhos, mas eram adaptações de histórias independentes, não muito conhecidas. É historicamente conhecido que produtores de cinema não gostam de arriscar e preferem colocar o dinheiro em adaptações do que investir em originais. Por isso, existem tantos remakes, prequels e sequências. É mais seguro do que investir em alguma coisa 100% nova;, opina James Figueiredo, designer gráfico e editor do site especializado em cultura nerd www.bearnerd.com.br.
O filme Os vingadores, reunindo parte do elenco de super-heróis da editora Marvel, arrecadou US$ 1,4 bilhão nas bilheterias. É o único título lançado em 2012 a fazer parte da lista dos 10 filmes com maior arrecadação de todos os tempos, atrás apenas de Avatar (2009) e Titanic (1997), dirigidos por James Cameron. Batman: O cavaleiro das trevas, o segundo da trilogia guiada por Christopher Nolan, ocupa o 12; lugar no mesmo ranking. Diante dos números, não há como negar que as histórias em quadrinhos se transformaram em um dos principais pilares da indústria cinematográfica norte-americana em tempos de crise. Essa é outra razão para o pedido de socorro feito a heróis com superpoderes para arrecadar em bilheterias.