;A gente precisa ser muito duro para não entender Roberto Carlos. É só abrir um pouco o coração que ele entra;. Foi com esse espírito, e impregnado das canções que o rei compôs ao lado do parceiro Erasmo Carlos ou imortalizou em sua voz, que o cineasta Breno Silveira desenhou À beira do caminho. O novo filme do diretor de 2 filhos de Francisco, um road movie bem brasileiro, estreia nesta sexta-feira (10/8) nos cinemas de todo o país. O repertório do ídolo romântico serve de mote para narrar a trajetória dos personagens, que, cada um a sua maneira, estão em busca de um recomeço. ;Roberto era um vento que soprava o tempo todo, e dava a inspiração para onde ir;, aponta o diretor.
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A ideia partiu da jornalista Léa Penteado, que trabalhou com Roberto Carlos por alguns anos. ;Ela viu um caminhoneiro parado em um posto de gasolina, ouvindo uma música do Roberto várias vezes, emocionado;, conta Breno. Da cena, surgiu o argumento, desenvolvido posteriormente pela roteirista Patrícia Andrade. Contudo, para inserir certa adrenalina no processo, a equipe não sabia, até o último instante, se o compositor autorizaria o uso das canções no filme. ;A gente correu esse risco louco. Comecei a ficar paranóico, pensado que ele poderia não gostar;, relembra Breno, aliviado.