Ricardo Daehn
postado em 20/08/2012 08:05
Gramado (RS) ; Foi como se fosse tirado do mais famoso pacote de chocolates da história do cinema: ;Na caixinha de Gramado, você nunca sabe o que vai encontrar dentro;, bem poderia dizer o contador de histórias Forrest Gump. No palco comemorativo da 40; edição da festa do cinema nacional, o diretor Arnaldo Jabor (pioneiro em premiações no evento) dividiu a cena com três pessoas que tomaram de assalto (tal qual fazem no longa Colegas, vencedor do prêmio de melhor filme) os holofotes: os atores Ariel Goldenberg, Breno Viola e Rita Pokk.
;Nós, perante a sociedade, somos downs, mas, perante Deus, somos normais;, desabafou Ariel, ao receber o Kikito da categoria especial do júri. ;Espero que esse filme faça sucesso arrasador;, completou ele, que, ao lado da esposa, Rita, desejosa de seguir carreira no cinema, saudou o ;melhor amigo especial;, o diretor Marcelo Galvão. Por seis minutos, o trio segurou a atenção do público, ao comemorar o ;periquito;, como, em brincadeira, chamou Breno, capaz de dominar a plateia com um imperativo: ;Gostaria de ter todo mundo de pé para finalizar;.
Críticas ao MinC
Nos bastidores, sem mãos para os seis prêmios, os diretores do curta baiano Menino do Cinco (que dividiu as atenções com Casa afogada) não se furtaram do teor crítico em torno do retrocesso na política de descentralização do MinC. "Está sendo traumática a experiência, atualmente. Mas a nossa vontade reafirma um lugar a ser renovado, na conjuntura. Não dá para não criar políticas públicas. As construções, no governo, deveriam perdurar para além dos partidos políticos", disse Wallace Nogueira. "Se o governo federal parou de apoiar, a gente, que é autodidata (sou da área da psicologia e da educação, e Wallace da filosofia), teve R$ 70 mil da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia", finalizou Marcelo Matos de Oliveira, o outro diretor.