Diversão e Arte

Os republicanos lotam os cinemas para ver um filme anti-Obama

Agência France-Presse
postado em 28/08/2012 15:36
Tampa- Além de assistir aos comícios e acompanhar os discursos dos candidatos, os delegados da Convenção Republicana em Tampa, Flórida, têm outro compromisso obrigatório: ir ao cinema ver um documentário que critica violentamente o presidente Barack Obama.

Dessa forma, centenas de republicanos estão correndo aos cinemas do shopping West Shore Plaza, em Tampa, para assistir a "2016, Obama;s America" ("2016, os Estados Unidos de Obama"), e todos aparentemente saem felizes da sala de projeção.

"Ficamos encantados, esperamos que todo mundo assista, reflita e não vote mais neste homem", declarou à AFP Rosalie Tadda, uma delegada do Havaí.

"É um filme muito bom. Eu queria uma perspectiva diferente, que nos desse mais detalhes do que os meios de comunicação, e realmente abrisse nossos olhos", acrescenta Jim Esker, um delegado suplente, também do Havaí.

O filme, baseado no best seller do conservador Dinesh D;Souza, "The Roots of Obama;s Rage" ("As raízes da ira de Obama"), se concentra na pergunta "Se Barack Obama conseguir um segundo mandato, aonde vão estar os Estados Unidos em 2016?".




E, entre outras coisas, destaca que Obama herdou de seu pai queniano - que ele não conheceu - uma visão anticolonialista do mundo, que ameaça jogar os Estados Unidos no socialismo e levar o país à falência, caso ele seja reeleito em 6 de novembro.

Dinesh D;Souza, um intelectual americano de origem indiana, - segundo ele, um homem de cor como Obama -, aparece várias vezes no documentário e, ao estilo de seu contraponto democrata, Michael Moore, entrevista comentaristas e especialistas conservadores, misturando imagens de arquivo.

O filme, que também é dirigido por D;Souza junto com John Sullivan, estreou em poucas salas de cinema em julho e agora é exibido em cerca de mil cinemas, atraindo mais público à medida que a campanha eleitoral esquenta.

A produção provou ser um êxito imediato de bilheteria, e ficou esta semana entre os dez filmes mais vistos, com uma arrecadação de 6,5 milhões de dólares, e um total de 9 milhões em sete semanas de exibição.

Segundo o Washington Post, o filme já é "o documentário politicamente conservador mais bem sucedido até agora".

"Obama é um terno vazio, um engano", afirma David Valkema, delegado de Illinois (norte). "Estou triste que tenhamos eleito um homem sobre o qual não se sabia nada. Quero contribuir para eleger alguém que todos nós conhecemos", acrescenta, referindo-se ao republicano Mitt Romney.

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