A fotografia que estampa a capa de Volta, novo disco de Ana Cañas, é um autorretrato. O gesto de pegar a máquina para se fotografar tem tudo a ver com o processo de produção deste terceiro trabalho da cantora paulista ; e com o próprio disco. Ana se refugiou no sítio de um amigo, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro, para trabalhar em canções que já tinha na gaveta, criar outras e produzir o álbum em parceria com os músicos Fabá Jimenez e Fábio Sá. Dispensou aparatos de estúdio e gravou tudo ao vivo, com direito a latido de cães, canto de pássaros e cricri de grilos ao fundo.
;Acho que foi uma busca do momento mesmo, uma coisa que fiz para que esse terceiro disco tivesse uma cara bem pessoal e íntima. É também um reflexo de estar compondo mais no violão. Isso deu vazão para que eu falasse mais de sentimentos, experiências;, explica Ana Cañas, autora de 12 das 16 faixas de Volta ; três delas em parceria com Dadi (Será que você me ama?, Todas as cores e Amar amor) e uma com a mexicana Natalia Lafourcade (No quiero tus besos).
Outro toque pessoal é dado pelo fato de Volta ser o primeiro que Ana lança por selo próprio, o Guela Records. ;Sempre tive liberdade na Sony (gravadora pela qual ela lançou Amor e caos e Hein?), mas para esse terceiro projeto eu queria um caminho que fosse diferente. Senti que a gente poderia ir cada um pro seu caminho. E talvez não fosse o projeto que eles pensavam num terceiro disco para mim. Estou me sentindo mais dona do meu trabalho, não só artístico e musical, mas como empresa;, conta a cantora, que entregou a distribuição do disco à Som Livre.
Assista ao clipe de Será que você me ama?
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