postado em 08/09/2012 17:55
Nem mesmo a longa espera em filas que dobravam os quarteirões desanimou os milhares de visitantes da segunda virada cultural da mostra Paris e a Modernidade: Obras-Primas do Acervo do Museu D;Orsay. Paulistanos e turistas que enfrentaram as filas em frente ao Centro Cultural do Banco do Brasil afirmaram que a demora ;valeu a pena;.O conjunto artístico com 85 telas faz parte de uma coleção de mais de 25 mil obras do acervo do Museu D;Orsay, um dos mais visitados no mundo. Neste fim de semana, pela segunda vez desde a abertura da mostra no último dia 4 de agosto, os organizadores ampliaram o período de visitação: 39 horas ininterruptas com início às 8h de ontem (7) e término às 23 de hoje (8).
A expectativa dos organizadores é que 20 mil pessoas visitem a exposição apenas neste fim de semana. Do começo de agosto até agora, a mostra já foi vista por um público superior a 200 mil visitantes. Uma jornada semelhante está programada para o final da temporada, entre os dias 6 e 7 de outubro, e, logo em seguida, o acervo será levado para exposição no CCBB do Rio de Janeiro.
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Entre as pinturas, cuidadosamente enquadradas em ricas molduras e valorizadas por fechos de luz, estão obras de Claude Monet, Edouard Manet, Pierre-Auguste Renoir, Camille Pissaro, Edgar Degas e Vincent Van Gogh.
Atraída pela obra deixada por esses artistas, a pintora Marilena Carvalho, 60 anos, chegou ao local às 10h. Entretanto, às 13h20 ela ainda estava na fila aguardando a sua vez de entrar no local. Ela disse já ter visto muitos dos quadros expostos e destacou o gosto pela arte impressionista e pelo ;uso das cores fora do lugar comum dos ateliês;. ;Não é tão sombreada e segue um tom acadêmico. Mostra com realidade a água, os matizes do céu e de outros aspectos da natureza;, definiu.
A engenheira Tânia Cristina, 53 anos, saiu de Ribeirão Preto, no interior do estado, apenas para ver as obras. Apesar de conhecer o Museu D;Orsay, em Paris, ela afirma que não se arrependeu de esperar três horas na fila para ver mais uma vez a arte impressionista.
;Vim entender os detalhes que os autores deixaram nas obras para criar os meus próprios;, justificou Daniel Marques, 17 anos, de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, enquanto admirava a primeira tela da mostra, Noite ou O Baile, de 1878, um óleo sobre tela de James Tissot, cujas cores com predomínio do amarelo, chamam a atenção para o vestido usado por uma jovem.