Imagens clássicas de um festival como o Porão do Rock (PDR) não faltaram nesta edição que marcou 15 anos do ajuntamento roqueiro mais caro aos brasilienses. Cabelos moicanos multicoloridos, metaleiros com cabelos na cintura ou metaleiras com maquiagem pesada, alternativos com calças apertadas, figurino xadrez e óculos com armações de todos os tamanhos, camisetas de bandas populares e obscuras e, na entrada de duas madrugadas secas e de frio moderado, o contraponto entre incansáveis e sonolentos. Foram 40 bandas, entre locais, nacionais e estrangeiras, tocando durante cerca de 20 horas de música. Os números não são modestos. Mas o saldo das duas noites sugere um entusiasmo comedido.
O PDR está longe de ser um completo fracasso ; afinal, o público ainda comparece, mesmo quando tem de pagar ingresso. Porém, há equívocos que deixam o festival com um tom monocórdio, dividido entre as boas intenções de um evento que se solidariza com o maior número possível de bandas (velhas e novas) e que, ao mesmo tempo, não consegue cravar grandes atrações. O desnível entre sexta e sábado é prova disso: 20 mil na sexta-feira, certamente atraídos por Raimundos e Trivium, e apenas 10 mil no sábado, convocados pelo Sepultura. Abaixo, veja quais foram os destaques e os deslizes do aniversário de 15 anos do PDR segundo a equipe do Correio.