Chester Brown não acredita em amor romântico. Depois do último namoro, o autor canadense de histórias em quadrinhos desistiu de se relacionar afetivamente. Não por medo se machucar emocionalmente ou algo assim. Ele simplesmente não sentia falta desse tipo de envolvimento. No entanto, do sexo ele não conseguiu abrir mão e, depois de algum tempo solteiro, resolveu procurar garotas de programa. A experiência virou hábito e rendeu a HQ autobiográfica Pagando por sexo.
Nas 227 páginas da obra, ele faz um relato bastante franco e pessoal do contato que teve com prostitutas (ou acompanhantes, como uma delas prefere ser chamada) entre 1999 e 2004. Para preservar a identidade das mulheres, o desenhista não mostra o rosto delas, lhes dá outros nomes e não revela detalhes pessoais, mas conta como foram os encontros e o desempenho de cada uma. ;Ela não foi fria, foi muito legal e amiga;, diz Chester aos amigos Seth e Joe Matt (ambos também autores de quadrinhos) sobre ;Carla;, a primeira das 23 garotas de programa com quem teve relações.