Da gastronomia à arte. É o lema do 3; Slow Filme ; Festival Internacional de Cinema e Alimentação, que toma conta de Pirenópolis e torna atração para os cinéfilos e amantes da culinária. Mas não só filmes e degustações entram no cardápio. Apetitosas palestras, passeios e exposições também se integram à programação.
A fotógrafa francesa Dorothée Jalaber mostra no foyer do Cine Pirineus uma inédita série de fotos, produzida especialmente para o festival. Os cliques capturam elementos da gastronomia, como o trigo, o mel, o sal e a cachaça. ;Adoro uma boa comida. Sou cozinheira de mão cheia. Não poderia deixar de participar;, diz a fotógrafa. Apaixonada pelo tempero brasileiro, trocou a residência parisiense pela capital federal e promete ficar. ;Passava as férias aqui. Agora, inverti. Só vou à França com a certeza de que volto para cá;, brinca. Esta é a segunda participação de ;Doroteia; (;é assim que os brasileiros me chamam, adoro;) no festival. A artista só não compareceu à segunda edição.
Entre os filmes, é grande a expectativa pela exibição do curta Quilombo, de 1975, dirigido por Vladimir Carvalho, que irá prestigiar a sessão acompanhado de integrantes da Comunidade Quilombola de Mesquita, retratada no documentário. ;A última exibição ocorreu em 1976, no Festival de Cinema de Brasília;, lembra o cineasta. Vladimir comemora a restauração para o festival: ;O filme mostra a produção artesanal do marmelo, um doce que talvez, até hoje, seja a principal fonte de renda do povoado. Uma receita de 200 anos de uma comunidade que luta para sobreviver;. Ele ainda antecipa uma surpresa: ;Terá degustação após a exibição;, garante. O curta será relançado em DVD, em breve. Os espectadores da sessão (no dia 14, 15h), poderão saboreá-lo antes.