A casa de Jenner Augusto (1924 ; 2003) era uma referência na Bahia das décadas de 1950, 1960 e 1970. Por ali passavam nomes como Jorge Amado, Cícero Dias, Di Cavalcanti e boa parte da intelectualidade brasileira da época. Ali, se discutia os estados presente e futuro da arte brasileira e dali saíram as obras que fincaram o movimento modernista no Nordeste. Mas o nome de Jenner empreendeu um movimento contrário à fama. Embora muito conhecido naquelas décadas, pouco se ouviu falar do artista plástico dos anos 1990, por isso Jenner, cores de uma vida , em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), deve ser visitado como uma redescoberta.
Organizada pela família e com curadoria do neto Zeca Fernandes e de Mário Britto, a exposição reúne 21 obras resgatadas de coleções particulares e selecionadas de maneira a contar a trajetória pictórica do artista. ;Cresci com aquela coisa de que ele era um grande artista, mas comecei a perceber que se tornou um artista desconhecido. Ele teve uma importância muito grande, constituiu uma carreira nas décadas de 1960 e 1970, foi bem requisitado. E no fim da década de 1990 foi como se tivesse sumido do mapa;, diz Fernandes. ;É como se tivesse sido esquecido.;