Daqui a dois meses, quando uma enxurrada de listas de melhores do ano aparecer em jornais e sites por aí, desconfie se não for possível encontrar nenhuma linha sobre o segundo disco do Tame Impala. A explicação? Os australianos respondem por Lonerism, um álbum que se tornou sensação entre os ouvintes de rock alternativo em 2012. Sob a liderança de Kevin Parker, voz, coração e mente da banda, eles lançaram, em outubro, um pacote de 12 canções aventureiras, de tonalidades, timbres e temperamentos tão variados quanto as possíveis influências coletadas e assimiladas ; dos petardos pop de Beatles, Lennon e McCartney às experimentações psicodélicas do Animal Collective.
Os sons cósmicos do Tame Impala começaram a atrair a atenção para o indie rock da Austrália (veja quadro) em 2010, quando estreou em disco. Innerspeaker motivou resenhas elogiosas e colocou a banda na trilha da cena alternativa do Ocidente, viajando para Estados Unidos e Inglaterra com a agenda lotada de apresentações. Numa das paradas da turnê, passou pelo Brasil em agosto deste ano, em shows no Rio de Janeiro e em São Paulo.