O rock, o chorinho e o samba deram o tom na noite de encerramento do Copa Fest no sábado (3/11) no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Quem abriu a programação foi o guitarrista Pepeu Gomes, que voltou a tocar no Rio depois de quatro anos. Com uma super banda que tinha como destaque outro grande nome da guitarra, o solicitadíssimo Davi Moraes (ele esteve recentemente em Brasília acompanhando Maria Rita), o tecladista Luciano Alves e o saxofonista candango Sérgio Galvão. Pepeu voltou ao repertório dos seus discos solo e, deles, extraiu Saudação nagô, Didilhando (em homenagem ao irmão Didi Gomes, também com ele no palco), Xulipa no reggae, sempre enfatizando a levada que imprimiu ao som dos novos baianos - repretado na plateia pelo antigo companheiro Moraes Moreira.
[SAIBAMAIS]O público que lotou o espaço ouviu a versão de Pepeu para o clássico Ligia de Tom Jobim; e fez couro na releitura de Menino do rio (Caetano Veloso), sucesso com a ex-mulher Baby do Brasil. Mas o que levou a plateia ao delírio foi o pout-pourri de choros formado por Lamento (Pixinguinha), Noites cariocas (Jacó do Bandolim) e Brasileirinho (Valdir Azevedo), com direito a Aquarela do Brasil na introdução.
Na parte final, Pepeu chamou ao palco o filho mais novo Felipe Pascoal, guitarrista de 15 anos, que mostrou que tem o DNA do pai em solos aplaudidíssimos. No bis, ele se juntou a Pepeu e Davi na recriação Purple haze de Jimi Hendrix. Deixaram a cena aclamados.
Depois do intervalo de meia hora, chegou a vez de Wilson das Neves e orquestra transformando o salão cristal em uma gafieira. O músico, que era baterista da banda de Chico Buarque, trouxe de volta a receita do Som quente é das Neves, LP que lançou na década de 1970. Eles e seus companheiros colocaram todo mundo para dançar no embalo de Zazueira (Jor Ben Jor), Irene (Caetano Veloso), Essa moça tá diferente (Chico Buarque), Berimbau (Vinicius de Moares), entre outras pérolas da MPB.
Não faltou seu maior sucesso O samba é meu dom, que compôs com Paulo César Pinheiro. Nesta hora, brincou "depois do baterista e do compositor, agora é a vez do cantor", e mandou o seu conhecido bordão (ô sorte).
Idealizador e curador do Copa Fest ao lado da mulher Carolina Rosman, Bernardo Vilhena, entusiasmado com o resultado do Copa fest adiantou que a partir de segunda-feira já começa a pensar na sexta edição. O sonho de consumo para o festival de 2013 é o pianista e compositor Sérgio Mendes, radicado nos Estados Unidos desde a década de 1960.
O repórter viajou a convite da produção do Copa Fest