postado em 17/11/2012 07:00
A liderança espiritual de John, o comprometimento profissional de Paul, a quietude mística de George e o ar comedido de Ringo. É mais ou menos nesses termos que o jornalista Peter Doggett, em atividade há três décadas, define os rapazes de Liverpool, que fizeram dos Beatles uma fábrica de sonhos, um espelho do idealismo jovem dos anos 1960 e da liberação da mente por meio de filosofia oriental, música experimental e, sim, de ácido, LSD e outras drogas.
Dessas coisas, muita gente já sabe %u2014 e até já escreveu sobre. Mas em A batalha pela alma dos Beatles (Nossa Cultura), uma crônica musical de fôlego, o autor reflete sobre os momentos menos divulgados e pesquisados da cronologia da banda inglesa: as crises internas no fim da década de 1960, as ilusões utópicas, a atitude relaxada em relação ao repertório, as carreiras solo levadas com dificuldade e as fraquezas de garotos incapazes de ler um contrato antes de assiná-lo ou terminar um relacionamento sem dar faniquito.