postado em 29/11/2012 19:53
Rio de Janeiro - Em sua última reunião do ano, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou nesta quinta-feira (29/11) as propostas de tombamento da Ponte Ferroviária Eurico Gaspar Dutra, em Corumbá (MS) e da Ponte Pênsil Affonso Penna, em Itumbiara (GO), e o registro do Fandango Caiçara (baile popular, especialmente rural, ao som de viola ou sanfona, com danças de roda e sapateadas, alternadas por estrofes cantadas), do litoral de São Paulo e do Paraná.A reunião ocorreu no Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro, sob a coordenação da presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado.
Com 2 quilômetros de extensão e 112 metros de altura em seu vão central, a Ponte Eurico Gaspar Dutra, sobre o Rio Paraguai, foi idealizada no início do século 20, como parte da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que na época tinha seu ponto final em Porto Esperança e precisava chegar a Corumbá e de lá garantir a ligação do Brasil com a Bolívia. Marco da arquitetura moderna brasileira, a ponte levou quase dez anos para ser construída, entre 1938 e 1947.
A Ponte Pênsil Affonso Penna, com 240 metros de extensão sobre o Rio Parnaíba, liga a cidade goiana de Itumbiara a Araporã, em Minas Gerais. Inaugurada em 1912, a estrutura de ferro recebeu tabuado de madeira e se tornou rodoferroviária, contribuindo para o incremento da economia da região.
Expressão musical, coreográfica, poética e festiva, o Fandango Caiçara é encontrado, principalmente, nos municípios de Iguape e Cananeia, no litoral paulista, e Guaraqueçuba, Paranaguá e Morretes, no Paraná. O fandango é considerado um elemento fundamental para a construção e a afirmação da identidade cultural das comunidades caiçaras, que nos bailes , acompanhados de mesas fartas, reforçam suas relações de parentesco e convivência.
Após a reunião, a presidenta do Iphan, Jurema Machado, participou no Palácio Gustavo Capanema da cerimônia de lançamento de duas novas publicações do órgão, o livro Brasil: Monumentos Históricos e Arqueológicos, reedição da obra de Rodrigo Melo Franco de Andrade organizada por Maria Beatriz Setúbal de Rezende Silva, e da edição 34 da Revista do Patrimônio, organizada pela historiadora Márcia Chuva.