Diversão e Arte

Cantora Madonna desembarca no Brasil com a polêmica turnê MDNA

Correio Braziliense
postado em 30/11/2012 10:01 / atualizado em 02/05/2023 12:27

Há quem diga que ela já era. “Foi-se o tempo”, “a época passou”, dizem. Bobagem. O público e o mercado provam o contrário. Reinado garantido e irrevogável. Madonna desembarca esta semana no país com a turnê mais lucrativa do ano. Rio (domingo), São Paulo (4 e 5) e Porto Alegre (9) vão experimentar o show que viajou por 23 países em cinco meses. A passagem pelo Brasil elevará MDNA à lista das 10 turnês que mais arrecadaram na história. O recorde de um artista solo é dela, inclusive. Três anos atrás, Sticky & Sweet Tour abocanhou R$ 1 bilhão de reais. Número sem precedentes e sem concorrentes.

O fôlego transcende os palcos. Não é só ao vivo que ela deixa para trás Lady Gaga, Rihanna, Britney Spears e companhia. O disco MDNA (lançado este ano e que originou o show) alcançou o primeiro lugar em 51 países, durante a pré-venda no iTunes, e estreou no topo da parada da Billboard. As “princesas” engolem poeira. “Todas estão aí porque Madonna veio antes. Abriu o mercado e possibilitou o cenário atual”, afirma Juliana Pires, gerente de projetos e dançarina, fã da Rainha do Pop desde a infância.

Juliana e a irmã caçula, Rafaela, embarcam hoje para o Rio para realizar um sonho: “Quando soube da vinda dela, coloquei na cabeça que iríamos. Não dá para perder essa chance”. A oportunidade vai custar caro às irmãs. Entre ingressos, passagens e estadia, lá se vão R$ 3 mil, pelo menos. Elas não se arrependem. “Lenda da música”, resumem, quase em uníssono. No Rio, há quem esteja acampado há semanas. Rafaela, ansiosa, já avisou à irmã: “Vamos chegar bem cedo. Quero estar na grade, para não perder um detalhe. É o maior espetáculo que existe”. Fato.

Além da música

A nova geração talvez não saiba, mas não é por acaso tamanha euforia em nome da cantora americana. A cena pop foi amplamente moldada por Madonna. Desde 1984, quando o mundo conheceu Like a virgin, nada mais foi o mesmo. Desbravou a sexualidade (e todos os gêneros derivados), destemidamente. Falou de AIDS e gays quando ninguém o faria. Liderou, sem querer, movimentos feministas. Estabeleceu a linguagem do videoclipe (ao lado de Michael Jackson). Vendeu mais que a Bíblia (com o livro Sex, de 1993). O Papa João Paulo II tentou impedir sua entrada na Itália, algumas vezes. Falhou. A apresentação durante o Superbowl (final do campeonato de futebol americano), no início do ano, foi acompanhada por 115 milhões de telespectadores. Pela primeira vez na história da TV americana, a atração musical rendeu maior audiência que o próprio jogo.

As intervenções transgrediram à música. É (para surpresa de alguns) uma das autoras infantis de maior sucesso mundial (a coleção As rosas inglesas, de sua autoria, foi lançada em mais de 100 países e traduzida para 30 idiomas). Ganhou o Oscar, duas vezes, como intérprete das canções originais, e responde por algum dos documentários mais rentáveis do cinema, graças às estripulias de Na cama com Madonna (1991) e I’m going to tell you a secret (2005). Reiventa-se constantemente. Dita a moda, cortes de cabelos e vestuário. Popularizou o crucifixo como acessório e colocou o sutiã sobre a roupa. Ela cria, nada se inventa, todos copiam.

Trinta anos depois, tudo igual. Segue controversa e adorada. Depois de varrer a Colômbia, ontem, o Rio recebe o primeiro show no país, neste domingo.

Assista ao vídeo aqui:



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