postado em 01/12/2012 08:30
Desde que assumiu o trono de rei, nos anos 1960, Roberto Carlos nunca perdeu a majestade, mas enfrentou crises, pessoais e profissionais, dignas do mais comum de seus súditos. Turbulências que interferiram em rotinas já transformadas em tradição, como a produção do especial levado ao ar pela TV Globo a cada 25 de dezembro e o lançamento anual de um CD de inéditas. Em 2011, por exemplo, os fãs tiveram que se contentar com a reprise, na noite de Natal, do show gravado pelo cantor em Jerusalém e com um álbum de duetos entre o rei e astros da música sertaneja, Emoções sertanejas.Se o mais recente disco de músicas inéditas, de 2005, veio minguado, com apenas nove faixas, este ano Roberto apareceu com um produto fonográfico ainda mais reduzido: um EP com apenas quatro faixas. Duas já são conhecidas do público: A mulher que eu amo (feita para a trilha da novela Viver a vida) e A volta (sucesso antigo regravado no disco de 2005). As outras são as inéditas Esse cara sou eu (de Roberto) e o funk Furdúncio (de Roberto e Erasmo Carlos). Pouquíssimo, mas, surpreendentemente, foi o bastante para fazer a voz do rei voltar a imperar nas rádios e nos sons de lojas de departamentos no período pré-natalino.
Tema romântico
A estratégia foi lançar as inéditas por meio da atual novela das nove da Globo, Salve Jorge. Deu tão certo que Esse cara sou eu e Furdúncio têm sido responsáveis por levar Roberto a experimentar um sucesso de execução que remete aos seus melhores momentos. Em especial, a primeira delas. O tema romântico do casal de protagonistas Théo (Rodrigo Lombardi) e Morena (Nanda Costa) tem feito até mais sucesso do que a própria trama de Gloria Perez. Nesta semana, Esse cara sou eu atingiu o topo da lista de músicas mais vendidas na loja virtual do iTunes Brasil.