postado em 02/12/2012 09:08
O ator, roteirista, dramaturgo, diretor teatral e agitador cultural Jota Pingo, 66 anos, morreu na noite desse sábado (1;/12). Segundo familiares, ele passou mal em um supermercado, onde estava com a esposa, a filha mais nova e dois netos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas demorou 20 minutos para chegar ao local. Pingo foi levado ao Hospital de Base e não resistiu a uma parada cardíaca ; ele era portador de marcapasso. O corpo será submetido à autópsia e deve ser liberado nesta segunda-feira (3/12). O dia e o horário do velório ainda não foram definidos.
No perfil de uma das redes sociais usadas pelo artista, pessoas próximas e familiares postam mensagens de pesar. ;Grande amigo, vou sentir sua falta. Todas as farras, brincadeiras, você era uma explosão de vida;, disse uma amiga. ;Encontrar o Pingo era se deparar com um tipo de pessoa que quase não existe mais nos dias de hoje, e ele sempre tinha muito para ensinar. Grande Pingão! Sentiremos tua falta;, saudou outro colega.
Pseudônimo de Carlos Augusto de Campos Velho, Jota Pingo é um dos nomes chaves da cultura brasiliense. Irmão do também ator Paulo César Pereio, ele era natural de Porto Alegre (RS), mas estava radicado na cidade havia mais de 30 anos, onde teve militante participação na cena teatral da cidade, à frente de espetáculos como Uma tragédia atual, exibido no Teatro Galpão em 1982.
Grande articulador cultural, anárquico e sonhador, Jota Pingo foi quem colocou Renato Manfredini no palco da 508 Sul no Último Rango, no começo de 1980. Era uma ópera rock, que, ao final, servia sopa para os moradores de rua de Brasília. Com o Mercado Cultural no Jardim Botânico, o artista sonhava em remontar o projeto.
Com informações de Sérgio Maggio