postado em 02/12/2012 14:49
Meio século depois da primeira edição, ocorre na capital fluminense o 2; Congresso Nacional do Samba, que termina hoje (2), quando é comemorado o Dia Nacional do Samba. Os debatos reuniram sambistas, estudantes e acadêmicos. Nos dias de hoje a discussão sobre o que é ou não samba, as várias maneiras de tocá-lo e o caráter comercial do Carnaval ainda incendeiam debates.Vivendo há mais de 50 anos no mundo do samba, Manoel Dionísio, conhecido como Mestre Dionísio, é um dos que critica a comercialização do ritmo, principalmente para os desfiles oficiais, que acabaram engessando o samba-enredo. ;Eu sou um eterno saudosista, mas não sou contra a modernidade. Só que estão modernizando tanto, que hoje você canta o samba deste ano e no ano que vem, ninguém mais sabe cantar. Os sambas que ficaram antológicos todos conhecem. Atualmente, o samba é estritamente comercializado, engessado com o tempo de desfile que a escola tem e que a TV impõe. Este modelo financeiro já matou o samba verdadeiro, mas estão fazendo que não vêem;, criticou Dionísio, que há 53 anos está na Escola Acadêmicos do Salgueiro, responsável pela formação de várias gerações de mestres-salas e porta-bandeiras.
O carnaval paulista foi representado no encontro pelo sambista Gilson Nunes Vitório, integrante da Escola de Samba Leandro de Itaquera, e mais conhecido como Gilson Negão. ;É uma experiência muito rica. Nós viemos acompanhando a história desde o primeiro congresso, que é o nosso documento de referência. Esta segunda edição é uma revisitação à Carta do Samba, aliada às novas visões e projetos, teses importantes trazidas pela juventude, e que estamos debatendo para levar aos demais;, contou Gilson Negão.
Promovido pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o congresso terá um documento final. ;Vamos construir um documento único, juntando todas as participações, que vai balizar a discussão em torno da Carta do Samba, que foi o primeiro documento de política pública para o samba e o Carnaval. Ela ainda hoje se constitui em um texto para pensar o samba, sua preservação e diretrizes;, explicou o coordenador dos trabalhos, o professor Jair Martins de Miranda, do Centro de Ciências Humanas e Sociais.
Meio século depois da primeira edição, ocorre na capital fluminense o 2; Congresso Nacional do Samba, que termina hoje (2), quando é comemorado o Dia Nacional do Samba. Os debatos reuniram sambistas, estudantes e acadêmicos. Nos dias de hoje a discussão sobre o que é ou não samba, as várias maneiras de tocá-lo e o caráter comercial do Carnaval ainda incendeiam debates.
Vivendo há mais de 50 anos no mundo do samba, Manoel Dionísio, conhecido como Mestre Dionísio, é um dos que critica a comercialização do ritmo, principalmente para os desfiles oficiais, que acabaram engessando o samba-enredo. ;Eu sou um eterno saudosista, mas não sou contra a modernidade. Só que estão modernizando tanto, que hoje você canta o samba deste ano e no ano que vem, ninguém mais sabe cantar. Os sambas que ficaram antológicos todos conhecem. Atualmente, o samba é estritamente comercializado, engessado com o tempo de desfile que a escola tem e que a TV impõe. Este modelo financeiro já matou o samba verdadeiro, mas estão fazendo que não vêem;, criticou Dionísio, que há 53 anos está na Escola Acadêmicos do Salgueiro, responsável pela formação de várias gerações de mestres-salas e porta-bandeiras.
O carnaval paulista foi representado no encontro pelo sambista Gilson Nunes Vitório, integrante da Escola de Samba Leandro de Itaquera, e mais conhecido como Gilson Negão. ;É uma experiência muito rica. Nós viemos acompanhando a história desde o primeiro congresso, que é o nosso documento de referência. Esta segunda edição é uma revisitação à Carta do Samba, aliada às novas visões e projetos, teses importantes trazidas pela juventude, e que estamos debatendo para levar aos demais;, contou Gilson Negão.
Promovido pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o congresso terá um documento final. ;Vamos construir um documento único, juntando todas as participações, que vai balizar a discussão em torno da Carta do Samba, que foi o primeiro documento de política pública para o samba e o Carnaval. Ela ainda hoje se constitui em um texto para pensar o samba, sua preservação e diretrizes;, explicou o coordenador dos trabalhos, o professor Jair Martins de Miranda, do Centro de Ciências Humanas e Sociais.