Carlos Augusto de Campos Velho, o Jota Pingo, sempre foi um homem que soube celebrar a vida. Era de se esperar, então, que as lágrimas dessem espaço a sorrisos e abraços, durante uma despedida àquele que sempre curtiu uma boa farra. Pingo recebeu dos amigos e familiares uma passagem festiva, batizado de Velórock, que percorreu a madrugada de segunda para terça, no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), local que tanto abrigou seus sonhos e anseios.
Três horas da manhã e os gritos, os choros e o alto volume das músicas já incomodavam o suficiente os moradores da 308 Sul. Dada hora, os presentes urravam, choravam, bebiam e tocavam um piano de cauda, quando a polícia entrou. Criou-se, então, um clima estranho, de receio, e as cerca de 30 pessoas que ali estavam começaram a se perguntar o que aconteceria dali em diante.